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INSTITUIÇÕES JOSÉ RUFINO


            INSTITUTO JOSÉ RUFINO


            LUGAR DE PENSAR ARTE,


            CIÊNCIA E NATUREZA








             Localizado no município de
             Bayeux, na grande João Pessoa,
             o espaço é um dos exemplos
             bem acabados do que o homem
             pode fazer pelo meio ambiente

             por leonor amarante







            a natureza seDuz, transforma, maravilha, pela exube-
            rância e responsabilidade sobre o planeta. Há artistas
            que incorporam o meio ambiente em suas pesquisas
            levados pela tendência do momento e outros que já o
            trazem naturalmente dentro de si. José Rufino experi-
            mentou o saber rural como menino de engenho, for-
            mou-se em geologia e paleontologia, trabalhou com
            Marlene Almeida, sua mãe, em uma pesquisa sobre os
            pigmentos da terra e agora encontra um lugar especial
            para reverberar suas experiências, o Instituto José
            Rufino. Com isso inaugura uma nova compreensão da
            natureza e do fazer artístico em sua vida. Em trâmite
            burocrático, o espaço ainda é chamado de Sítio Sabiá,
            nome do antigo local, e se estende pelo terreno de 50
            mil metros quadrados, que logo serão 70. Localizado no
            município de Bayeux, na grande João Pessoa (Paraíba),
            é um lugar para pensar arte, natureza, cultura e desen-
            volver pesquisas levando em conta o meio ambiente.
               O que torna esse espaço provocador? José Rufino
            mescla seus conhecimentos científicos em situações
            cheias de ambiguidades, descobertas e muitas expe-
            rimentações com vegetação selvagem e domesticada.
           “O Instituto conta com cerca de 160 espécies da família
            Araceae, dos antúrios, imbés e filodendros, mais 250 da
            família Arecaceae, das palmeiras, além de um acervo
            de espécies nativas, entre as quais destaco o tucum    FOTO: DIVULGAÇÃO
            (bactris ferruginea), cujos espinhos são usados como
            elemento corporal indígena. “Considero minha coleção

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