Page 21 - ARTE!Brasileiros #45
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O grupo passa a viver em Berlim já no início de 2019 e
                     irá suceder uma Bienal com uma repercussão altamente
                     positiva, We don´t need another hero, liderada pela sul-
                     -africana Gabi Nboco com outros quatro curadores, entre
                     eles o brasileiro Thiago de Paula Souza.
                     Enquanto a Fundação Bienal de São Paulo segue com
                     indicações imperiais, tanto o curador da Bienal como do
                   FOTOS: DIVULGAÇÃO/ DUTCHARTINSTITUTE | VICTORIA USHKANOVA | PEDRO AGILSON | GUYOT/MENDOZA/MALBA
                     representante brasileiro em Veneza são escolhidos pelo
                     presidente da instituição, Berlim é um exemplo de processo
                     democrático.
                     A comissão deste ano foi formada pelos curadores Doryun
                     Chong (M+, Hong Kong), Adrienne Edwards (Whitney
                     Museum, Nova York), Reem Fadda, Solange O. Farkas (Asso-
                     ciação Cultural Videobrasil, São Paulo), Krist Gruijthuijsen   A CHILENA MARÍA BERRÍOS, A ARGENTINA RENATA
                     (KW, Berlim), Miguel A. López (TEOR/éTica, San José) e o      CERVETTO, A BRASILEIRA LISTE LAGNADO
                                                                                   E O ESPANHOL AGUSTÍN PÉREZ RUBIO
                     artista Omer Fast (Berlim). O grupo reuniu-se três vezes: uma
                     para conhecer as regras e começar a indicação de nomes,
                     outra para selecionar os projetos a serem avaliadas de
                     forma presencial, e a última para entrevistas e seleção final.
                     A Bienal de Berlim foi criada em 1997 pelo KunstWerke (KW)   IMAGEM UTILIZADA NA COMUNICAÇÃO DA 10ª BIENAL DE BERLIM 2018
                     e tem como principal patrocinador a Fundação de Cultural
                     Federal da Alemanha, com cerca de 3 milhões de euros (R$
                     13 milhões), o orçamento da 33ª Bienal de São Paulo é o
                     dobro, R$ 26 milhões, a maior parte vinda por meio de leis
                     de incentivo, ou seja, verba pública.


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