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EXPOSIÇÃO BAHIA








































           ALFREDO VOLPI, BANDEIRAS E MASTROS, DÉCADA DE 1970




           Desta forma, é objeto de desejo de muitos cole-  ESTADO DE ESPÍRITO
           cionadores, tendo sido muito disputado em leilões   No Museu de Arte Moderna da Bahia, a exposição
           na  Europa  atualmente.  No  Brasil,  suas  obras  se   de Afredo Volpi integra um projeto que foi denomi-
           espalham por coleções ao longo de todo o país.   nado Estado Bienal. A medida é uma forma encon-
           Para que a exposição no MAM-BA fosse realizada,   trada  pela  gestão  da  instituição  para  realizar,  de
           foi necessária a contribuição desses colecionado-  alguma forma, a função que a Bienal da Bahia cos-
           res. Marcelo Xavier, Roberto Oliva, Marcos Amaro   tumava cumprir. Depois do fechamento da II Bienal
           e Leonardo Telles são alguns desses nomes que   baiana em 1968, por ação da ditadura militar em-
           se dispuseram a colaborar. Além deles, é preciso   basada-se no AI-5, o evento só voltou a acontecer
           destacar a dedicação do galerista Paulo Darzé e   46 anos depois, em 2014. Sem recursos para con-
           da galeria paulistana Almeida e Dale em todo o   tinua-la, ainda não há previsão de quando a quarta
           processo, fazendo o intermédio entre o museu e   edição  será  acontecerá.  Desta  forma,  o  MAM-BA
           os colecionadores.                           resolveu integrar todos os projetos do museu no
           A  participação  do  Instituto  Alfredo  Volpi,  presi-  rótulo Estado Bienal. “Decidimos que tudo o que
           dido por Pedro Mastrubuono, também foi crucial   fosse produzido pelo museu ou demandado do mu-
           para a realização da mostra. “Sucesso nos USA e   seu fosse feito dentro da perspectiva desse lugar
           Europa, mas sem jamais esquecer o público brasi-  de gestação de ideias e de conteúdo”, pontua Zivé.
           leiro”, destaca Mastrobuono em uma rede social.   Para os próximos meses, o MAM-BA prevê uma mos-
           Segundo Zivé, as parcerias com esses nomes tor-  tra que irá reunir o que Zivé chama de Geração 70
           nam-se importantes à medida que as instituições   da arte baiana. Para ele, é uma geração espontânea
           de arte brasileiras têm sofrido com a crise: “A cul-  que “começa a construir um lugar da arte atual” no
           tura sempre padece por isso, mais que os outros   estado. Estão sendo cotados nomes como Bel Borba
           subsetores da sociedade”.                    e Vauluizo Bezerra, sergipano radicado na Bahia.


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