Exposição "Eterno Feminino" de Teca Sandrini
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Um recorte da produção da artista curitibana Teca Sandrini, desde a década de 1960 até a atualidade, está reunida na mostra “Teca Sandrini”, inaugurada pelo Teca Sandrini. São
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Um recorte da produção da artista curitibana Teca Sandrini, desde a década de 1960 até a atualidade, está reunida na mostra “Teca Sandrini”, inaugurada pelo Teca Sandrini. São 126 pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, com curadoria de Maria José Justino.
“Valorizar a produção de artistas paranaenses, especialmente de mulheres com trajetórias tão potentes como a de Teca Sandrini, é reafirmar nosso compromisso com a memória, a diversidade e a força da arte feita no Paraná”, afirma a secretária de estado da cultura, Luciana Casagrande Pereira.
“Arte e artistas paranaenses têm importante papel e estão sempre presentes em exposições e na coleção permanente do MON”, comenta a diretora-presidente da instituição, Juliana Vosnika. “Ao realizar a exposição dessa artista, o Museu Oscar Niemeyer proporciona pertencimento e valorização da cultura local”, diz Juliana.
A curadora explica que a exposição consolida a preferência de Teca Sandrini pela pintura “como linguagem oblíqua sobre a realidade, um saber que fala por meio do silêncio das mulheres, seus anseios e devaneios”. Segundo informa Maria José Justino, “nas várias técnicas e linguagens que experimentou, sempre esteve presente a estrutura diagonal, que os barrocos viam como a melhor forma de expressar o movimento, a vida”.
A mostra reúne obras de três grandes fases distintas da trajetória da artista: “Polacas”, “Fragmentos” e “Manchas”. A primeira aborda signos do cotidiano doméstico ao apresentar mulheres donas de casa em afazeres de rotina. “Mais tarde, num flerte com o surrealismo e a abstração, a mulher se esconde e dá lugar às gavetas e cadeiras – lugar dos segredos, dos guardados e da espera, eis a fase ‘Fragmentos’”, explica a curadora.
As limitações e dificuldades de visão da artista inauguram a fase mais recente de sua obra, a das “Manchas”, em que brinca com as formas. “A matéria concreta e o geométrico se mesclam às emoções da vida, travestidos em manchas, espontaneidade e expressividade”, diz Maria José Justino. “Cores fortes cedem lugar às grandes manchas e, nas luzes que se apagam, brota o branco como luz. Surge uma nova pintura, não narrativa”, informa.
Com uma trajetória artística de mais de seis décadas, Teca Sandrini afirma que a arte a tornou cidadã do mundo. “Da vida e da arte trago amores, cores e perfumes”, conta. “Eu sinto a arte como a natureza, onde o visível e o invisível se confundem e narram a realidade e a memória”, diz.
Serviço
Exposição | Eterno Feminino
De 3 de julho a 26 de outubro
Terça a domingo, 10h às 18h
Acesso até as 17h30
Período
3 de julho de 2025 10:00 - 26 de outubro de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
Museu Oscar Niemeyer (MON)
R. Mal. Hermes, 999 - Centro Cívico, Curitiba - PR