Exposição coletiva “Corte Circuito”, de Antonio Manuel

sex14nov(nov 14)10:00dom03mai(mai 3)21:30Exposição coletiva “Corte Circuito”, de Antonio ManuelAs obras lidam com uma tensão semelhante, embora seja possível dizer que não se trata só de contraposição. Galeria Raquel Arnaud, Rua Fidalga, 125 – Vila Madalena, São Paulo - SP

Detalhes

Após quase quinze anos sem realizar exposições individuais em São Paulo, o artista Antonio Manuel retorna em 30 de outubro à Galeria Raquel Arnaud, com curadoria de Tiago Mesquita, para apresentar a mostra “Corte Circuito”, que reúne 33 obras inéditas, entre elas, uma série feita com grades e novos trabalhos Incontornáveis. O conjunto marca uma nova fase em sua produção, de intensa experimentação poética, e reafi rma a vitalidade de uma trajetória que atravessa mais de cinco décadas de arte contemporânea brasileira.

Além das grades e de trabalhos da série “Incontornáveis”, haverá a instalação “Até que a imagem desapareça”, que será exibida pela primeira vez em São Paulo. As obras propõem refl exões sobre liberdade, resistência e transformação, conceitos recorrentes na trajetória do artista, agora revisitados sob novas perspectivas materiais e simbólicas.

Na exposição “Corte Circuito”, o artista utiliza estruturas metálicas vazadas, vindas da Alemanha, sobre as quais realiza cortes e aberturas, revelando espaços e incorporando apliques de juta e camadas de cor. Essas composições, em tons de vermelho, amarelo e cinza, comunicam-se como gestos de rompimento e expansão. “São aberturas que se realizam e se revelam na ação das mãos, como linhas contínuas de luz e energia. Um exercício de liberdade que se move em acontecimentos e revelações”, afirma o Antonio Manuel.

A instalação “Até que a imagem desapareça” apresenta três peças em fibra de vidro, dispostas próximas entre si, em forma orgânica que remete às vitórias-régias. Nelas, imagens sociais e políticas, cenas de violência, fome e guerra, se dissolvem lentamente, questionando a resistência e a efemeridade das imagens na contemporaneidade. O processo, que faz com que as fi guras se desfaçam diante do olhar, tensiona o limite entre visibilidade e esquecimento.

Essas novas produções dialogam com o histórico de Antonio Manuel de unir rigor técnico, invenção conceitual e engajamento crítico com o contexto social e político. Desde os anos 1960, sua obra desafi a fronteiras entre corpo, objeto e imagem, afi rmando-se como uma investigação contínua sobre o espaço, a matéria e a liberdade.

Embora a exposição foque nas produções recentes, o artista mantém o diálogo com suas investigações anteriores, como as apresentadas no livro “Incontornáveis”, lançado pela BEĨ Editora durante a SP-Arte 2025. A publicação funciona como um elo entre fases distintas de sua trajetória, ampliando a compreensão de sua prática e reafi rmando sua relevância no panorama da arte contemporânea.

Com cerca de 33 obras, incluindo 12 estruturas de metal, a mostra evidencia a força plástica e simbólica dessa nova etapa de Antonio Manuel, uma “visualização brasileira”, como defi ne o artista, onde luz, matéria e pensamento se entrelaçam em aberturas que convidam o olhar a ultrapassar limites.

Serviço
Exposição | Corte Circuito
De 30 de outubro à 24 janeiro de 2026
Segunda à sexta das 11:00 às 19:00 e sábado das 11:00 às 15:00

Período

14 de novembro de 2025 10:00 - 3 de maio de 2026 21:30(GMT-03:00)

Local

Galeria Raquel Arnaud

Rua Fidalga, 125 – Vila Madalena, São Paulo - SP

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