Marcel Gautherot fotografado por Pierre Verger

Entrou em cartaz em salas do Rio e São Paulo o filme Fotografação, de Lauro Escorel. A obra, que teve sua estréia na última edição do festival É Tudo Verdade, tem um duplo eixo condutor. Ao mesmo tempo que traça a história da fotografia brasileira desde que aportou no Brasil em 1840, trazida pelo abade Louis Compte, ainda na forma do daguerreotipo, estabelece um vínculo entre a produção dos grandes mestres da fotografia nacional e o anseio de criar uma maneira própria de se enxergar a paisagem, a história e o povo brasileiro. Anseio este que ecoa na própria trajetória de Escorel, cineasta e autor da fotografia de grandes títulos do cinema nacional. 

 

Alguns autores, como Marc Ferrez, Mario de Andrade, Marcel Gautherot, Pierre Verger e Maurren Bisiliat (cujos depoimentos, marcados por uma tônica afetiva, têm um espaço de grande destaque no filme), se destacam em meio a essa trama de narrativas que mesclam dados históricos, biográficos e uma tessitura de imagens extremamente sedutora, entremeada de depoimentos dos principais especialistas em fotografia do país.

Foto de Maureen Bisilliat
Foto de Maureen Bisilliat

Com forte tônica autoral, construída na forma de ensaio, Fotografação lança ainda, mais em tom de pergunta do que de conclusão, um amplo questionamento sobre as mudanças vividas ao longo desses mais de 80 anos de descoberta e popularização da fotografia. Há ou não diferenças fundamentais entre o olhar desbravador dos pioneiros e a massiva necessidade de registrar o cotidiano nos nossos dias?

Programação de 09 a 11 de março

São Paulo
Petra Belas Artes
IMS São Paulo

Rio de Janeiro
IMS Rio de Janeiro
Estação Net Rio

Brasília
– Cine Brasília

Niterói
Reserva Cultural


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