Page 16 - ARTE!Brasileiros #59
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DEMOCRACIA E REPARAÇÃO BIENAL BERLIM






























































                  Detalhe de AMO, BATOUTO, de Moses Märs, trabalho no qual o artista estuda os movimentos
                  de colonização da Alemanha e os diversos grupos de resistência a partir de mapas




                  imigrantes latinos, no segundo. São histórias realmente   Dresden. Esse acervo reúne 1,5 milhão de documentos
                  inacreditáveis. Na fronteira entre México e Estados   e objetos reunidos por Marzona desde os anos 1960,
                  Unidos, por exemplo, há celas de detenção com tempe- recentemente doados à Coleção dos Museus Públicos
                  raturas perto de zero grau, para desestimular pedidos   de Dresden. Entre as publicações, há desde revistas
                  de asilo.                                       antinazistas alemãs a panfletos contra a Guerra do
                    Se as histórias por trás destes trabalhos em meios e   Vietnã, além de manifestos antirracistas dos anos 1960.
                  tempos distintos são tão absurdos, uma outra seção, no   Ao longo da Bienal, a equipe curatorial inclui outros
                  mesmo espaço, dá conta de mostrar como a arte resiste   trabalhos de pesquisa, que não necessariamente sur-  FOTOS: PATRICIA ROUSSEAUX
                  a tempos difíceis. Trata-se de um pequeno apanhado da   giram no campo da arte, como o livro recém-lançado
                  coleção Arquivo da Vanguarda, de Egídio Marzona, de  Toxic Data, do matemático David Chavalarias, do Centro


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