Page 42 - ARTE!Brasileiros #45

HOMENAGEM MASP

50 ANOS DO MASP

NA AVENIDA PAULISTA

POR FÁBIO MAGALHÃES

NESTE MÊS DE NOVEMBRO o edifício do MASP, imaginá-lo sem essa cor. No MASP não só o edifício
projetado por Lina Bo Bardi, completou 50 anos. flutua, as pinturas dispostas em cavaletes de vidro
Hoje é um ícone da cidade de São Paulo, supe- parecem levitarem. Certamente o edifício é, em
rando outros símbolos, como: o edifício do antigo si mesmo, uma obra de arte relevante dentre as
Banespa, o Monumento às Bandeiras de Victor obras de seu magnífico acervo.
Brecheret e do edifício do Museu do Ipiranga. Quando John Cage visitou São Paulo e, ao ver o
Mas Lina não tem nada a ver com isso, com íco- MASP, gritou – “É a arquitetura da liberdade!” Lina
nes ou outros atributos simbólicos da metrópole Bo Bardi concordou com a definição de Cage: “...
paulista. Lina criou um edifício racional, com um quando projetei o Masp: o museu era um ‘nada’,
enorme espaço flutuante – setenta metros de uma procura da liberdade, a eliminação de obstá-
luz! – apoiado por quatro pilares sobre o terreno culos, a capacidade de ser livre perante as coisas.”
onde anteriormente havia o Trianon. Não é à toa que o vão livre do MASP abriga as
A cor vermelha veio depois. Veio para proteger a grandes manifestações populares da cidade. Lugar
viga e os pilares de infiltrações. Houve polêmica de encontro, de arte e de cultura, mas também de
na época da pintura, entretanto, hoje não podemos protesto e de sonho libertário.

ESTRUTURA DO PRÉDIO EM
CONSTRUÇÃO O NO ANO DE
1968 NA AVENIDA PAULISTA.
O PRÉDIO HOJE

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