Há mais de 25 anos, o vidro é a fonte de estudo de Patrícia Bagniewski. O material é conceitualmente e processualmente muito rico. Sua transparência é quase uma ilusão óptica,
Há mais de 25 anos, o vidro é a fonte de estudo de Patrícia Bagniewski. O material é conceitualmente e processualmente muito rico. Sua transparência é quase uma ilusão óptica, visível e semi-invisível. “Ele brinca com nossa percepção” afirma a artista visual, que para a mostra na Referência investiga a microbiologia e a alquimia que envolvem a criação primordial. Em seu ateliê/laboratório, a artista emula experimentos científicos, mutações de microorganismos em instalações em vidro, vídeo, serigrafias, performance, luz e sombra.
A curadora Marília Panitz ressalta que esta é uma exposição que resulta da investigação sobre possibilidades poéticas “desta matéria misteriosa que é o vidro. Feita da transformação da sílica (areia, lava vulcânica…) pelo calor e rápido resfriamento ela nos oferece transparência, dureza, impermeabilidade e… fragilidade”. E continua: “A descoberta do vidro remonta a milhares de anos e emula a prática alquímica da transfiguração de materiais. Patrícia Bagniewski escolheu o vidro como suporte e matéria de sua pesquisa artística. Buscou aprender a mágica da transformação (em Londres, no Japão ou na ilha do vidro, Murano, em Veneza, onde esteve várias vezes). Buscou sua história e sua simbologia.
Buscou a ciência e suas surpreendentes constatações. Recorreu à Jung e à história da filosofia e da alquimia, trazendo do segundo princípio de Hermes Trimegisto – o da correspondência – o nome que deu à mostra… Nela, algumas séries recentes do trabalho em vidro ou a partir dele: Atos – objetos suspensos compostos de partes em vidro, metal e ímãs; a Instalação Sublimação/Coagulação;
A série Petri – onde as conhecidas placas redondas de laboratório recebem composições em vidro e metal; Sopa Primordial – série de espelhos com elementos de vidro em sua superfície; uma série de 5 serigrafias obtidas pelas sombras dos objetos de vidro compostos e um vídeo que captura o movimentos dos elementos de vidro e suas sombras, compondo uma dança que nos remete a imagens vistas através de um potente microscópio. Todos eles multiplicados e estendidos pelos efeitos de luz e sombra, um espetáculo de instabilidade: vertigem e distensão”.
Serviço
Exposições | O que está embaixo é como o que está em cima, o que em cima é como o que está embaixo
De 05 de agosto a 09 de setembro
De segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 10h às 15h
Setembro 7 (Quinta) 11:00 - Janeiro 31 (Quarta) 17:00
Referência Galeria de Arte
202 Norte Bloco B Loja 11, Subsolo Asa Norte – Brasília - DF