Teresa Nazar compreende a configuração estética e social dos anos 1960: um tempo dinâmico, marcado pelo avanço da tecnologia que revoluciona o cotidiano e une sentimentos que interferem no processo criativo dos artistas, transcendendo o particular para se projetar no universal. Argentina radicada no Brasil, a artista é assim definida por João Spinelli, curador que assina a exposição Teresa Nazar - Liberdade e Ousadia nos Anos 60, realizada pela Galeria Berenice Arvani entre 27 de março e 26 de abril.
Primeira individual de Teresa de caráter comercial realizada nas últimas décadas, a mostra apresenta ao público um conjunto de 16 obras, a maioria delas pinturas às quais se somam uma série de materiais não-convencionais: placas de metal dobradas, recortadas e arqueadas, tecidos, gesso, resina, parafusos e plásticos.
"Objetos subtraídos do cotidiano, industrializados, são apropriados como matéria de ressignificação poética. Destituídos de seu destino original, desprovidos de qualquer tipo de glamour, ganham uma nova potência quando migram para a arte. Denunciam o estado efêmero da vida, ressignificam valores", afirma Spinelli.