Um corpo potente e lascivo e, ao mesmo tempo, vulnerável. O erotismo e a vulnerabilidade aqui são sinais de resistência. Uma estrutura capaz de superar limitações e transcender. Diante disto, a indagação: como transformar e adaptar esses movimentos? É o que a artista Regina Parra investiga em Eu me levanto, exposição que será apresentada a partir de 15 de dezembro na Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA) em Itu, no interior de São Paulo.
A mostra foi concebida para o edital de ocupação da Fundação Marcos Amaro (FMA) e curada por Galciani Neves, e empresta o título de um poema da escritora, poeta e ativista norte-americana Maya Angelou (Still I rise) e explora a vulnerabilidade do corpo como um meio para criação de novas potências. "É um corpo que escolhe se abrir ao invés de se blindar", ela explica.
A artista suscita um corpo com novas sensibilidades frente às intempéries políticas, culturais e afetivas da vida contemporânea. E é um corpo que, bem como no poema de Angelou, ainda se levanta.