Com curadoria de Lilian Tone, a mostra apresenta um conjunto de 15 anos de produção de Lucas Arruda - de 2008, início de sua carreira, aos dias atuais, 2022. Além das consagradas pinturas que tensionam os limites entre o figurativo e o abstrato, Arruda apresenta suas incursões em vídeo e instalação, nas quais desdobram-se suas pesquisas acerca da luminosidade e da percepção.
Segundo a curadora, Lucas Arruda vem há mais de 10 anos depurando de maneira quase ritualística um mesmo tema: a paisagem como construção do olhar. "Suas pinturas nos permitem ver, ao mesmo tempo, um pouco além da abstração e antes da figuração”. Camadas de tinta sobrepostas, escovadas, arranhadas, as obras invocam o gênero paisagem usando por vezes tão somente a sugestão de uma linha de horizonte. “É ela, afinal, que constitui o recurso fundamental dessa tradição pictórica, uma espécie de menor denominador comum da composição paisagística, já que, como espectadores, tendemos a atribuir sentido a qualquer marquinha num espaço aberto, a imediatamente interpretar uma linha horizontal como um horizonte, a enxergar nuvens nas mudanças de direção de pinceladas, a ver um chão de terra numa camada grossa de impasto”, completa Tone.
Funcionamento normal: terça a domingo, das 11h às 20h
Início da mostra: 19 de fevereiro
Fim da mostra: 17 de abril