Após tentativas de criar uma feira de arte em Belo Horizonte, a Parte Produções Culturais trouxe uma receita que agradou e deu resultados satisfatórios. Unindo-se primeiramente às galerias que fazem o circuito 10 Contemporâneo, já bem estabelecido na cena das artes em Minas Gerais, criaram a ArteBH.

Entre 2 e 5 de maio deste ano, a feira reuniu as principais galerias mineiras e também abrigou estantes de galerias de outros estados. Muito bem recebida pelo público, a ArteBH aconteceu no Minas Tênis Clube, espaço que agradou os galeristas participantes e deve ser mantido na segunda edição da feira.

Foram ao todos 16 galerias participantes, sendo elas Celma Albuquerque, AM Galeria, Cícero Mafra, Orlando Lemos, Beatriz Abi-Acl, Murilo Castro, Lemos de Sá, dotArt e Manoel Macedo de Minas Gerais; Fólio, Tato, Chroma, AR, Papel Assinado e Hilda Araújo de São Paulo e TV Cultura e Arte de Salvador. Apostando na variedade, tanto de artistas quanto de valores das obras, as galerias tiveram preços que variavam de 350 reais a obras milionárias.

De acordo com Tamara Perlman, uma das realizadoras da produtora Parte, o desempenho da feira foi bastante positivo para a organização. “Recebemos 4000 visitantes. Esse número foi avaliado como bom ou ótimo por todas as galerias”, comenta. Ainda segundo a realizadora, as vendas variaram bastante. Para a maioria das galerias sediadas em Minas Gerais, os resultados foram satisfatórios. Enquanto isso, as galerias de outros estados tiveram dificuldade em vender, efeito comum em primeiras edições de feiras fora do eixo Rio-São Paulo.

Para Murilo Castro, diretor de galeria homônima em Belo Horizonte, “o mais importante, mais ainda que as vendas feitas, foi poder construir relações”. Este fator também é apontado por Tamara em seu balanço sobre o evento, a perspectiva de pós-venda foi expressiva.

A surpresa, ficou mais por conta da diversidade dos visitantes. “90% do público que vai à galeria aqui é um público de arquitetos que fazem compras para seus clientes, para agregar ao projeto. Não é essencialmente um público de colecionadores”, conta o galerista Orlando Lemos. No entanto, a feira atraiu visitantes que tiveram seu interesse avaliado, por galeristas, em quase 89%. “Conseguimos alcançar um equilíbrio bem interessante entre colecionadores, interessados de forma mais ampla, artistas, acadêmicos e autoridades”, aponta Tamara.

Para 2019, a ArteBH deve mudar apenas o mês no qual acontecerá. Segundo Perlman, ela deve ocorrer entre 6 a 9 de junho de 2019, dando tempo para que os galeristas que também participam da sp-arte possam se organizar melhor.

 


A jornalista Jamyle Rkain viajou a convite da organização da feira.

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